segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Amostra Grátis- Carcará: Cabra pió num há


Hoje foi disponibilizada para download, através do Blog da República dos Quadrinhos, a revista Carcará: Cabra pió num há, do autor Beto Potyguara, com duas HQs narrando as aventuras deste cabra da peste em uma narrativa gráfica que se utiliza da linguagem presente na literatura de cordel. Esta revista é a segunda edição do selo Amostra Grátis da República dos Quadrinhos (a primeira foi Origami). A intenção do selo é divulgar tiras e produções experimentais inéditas tanto em criatividade como em discurso. Para fazer download de Carcará: Cabra pió num há, visitem este endereço eletrônico: http://www.4shared.com/document/9Tx6_Nr6/Carcar_AMOSTRA_GRTIS.html. Beto Potyguara está de parabéns pela HQ que teve um bom embasamento histórico além da proeza de se utilizar com habilidade e propriedade da narrativa dos cordéis e dos quadrinhos para contar a história do Cabra da peste Carcará e seu confronto com Lampião. Até o nome do personagem é apropriado. Lembram daquela música cantada por Maria Bethânia (eu fiz Cosplay dela e tudo!) em 1965? Sim, eu sei que nem eu tinha nascido nesta época mas esta música é uma das fodas da MPB e eu ouvia ela durante minha infância:

Carcará

(Glória a Deus Senhor nas altura
E viva eu de amargura
Nas terra do meu senhor)

Carcará
Pega, mata e come

Carcará
Num vai morrer de fome
Carcará
Mais coragem do que homem

Carcará
Pega, mata e come

Carcará
Lá no sertão
É um bicho que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado que nem gavião

Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando,

Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará come inté cobra queimada
Mas quando chega o tempo da invernada
No sertão não tem mais roça queimada
Carcará mesmo assim num passa fome
Os burrego que nasce na baixada

Estribilho

Carcará é malvado, é valentão
É a águia de lá do meu sertão
Os burrego novinho num pode andá
Ele puxa no bico inté matá

Carcará
Pega, mata e come!


Maria Bethânia- Carcará (1965)

Namastê pra vocês cabras da peste!

2 comentários:

Beto Potyguara disse...

Hehehehhe! Foi longe em NIZ? 65? nem EU era nascido...nem sonhava em ser esepermatozóide ainda no saco de painho. Valeu pela lembrança e pela homenagem singela e sincera! Número 3 CERIAL na veia!

Joseniz disse...

Ainda sinto uns arrupio quando escuto Maria Bethânia cantar(ô mulé pra cantá bem que só as muléstia).Parabéns pela HQ! Cereal... Isto me lembra que preciso desenhar agora!

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