quinta-feira, 9 de junho de 2011

ABAS retornou com tudo!


É com bastante alegria e energia que informo que a ABAS- Associação Brasileira de Arte Sequencial voltou à sua programação normal. Pra dizer a verdade, nunca saímos do ar... Foi uma pequena crise... Bem, que tal começar pelo começo e atualizar vocês do que andamos fazendo durante este tempo antes de nosso retorno depois da crise? Senta que lá vem história...

Sim! Eu tive uma infância feliz e assistia Rá Tim Bum na TV Cultura (sempre que tiver história nova pra contar vou inserir esta imagem nostálgica)

Era uma vez... Os 3 Patet... 3 quadrinhistas do RN chamados Beto Potyguara, Wanderline Freitas e Wolclenes Freitas. Eles se conheceram em um santuário de quadrinhos chamado GHQ em que a rainha Milena Azevedo (observação: esta história se passa antes da destruição física do santuário GHQ). Durante o encontro destes 3 artistas insandecidos surgiu uma idéia e esta idéia era a República dos Quadrinhos. E qual era a idéia? Uma cooperativa de quadrinhistas potiguares com a finalidade de promover o intercâmbio entre os profissionais da área (profissionais ou não) com o mesmo propósito e viabilizar a divulgação e publicação de seus trabalhos. Antes de seguir adiante vamos falar do que aconteceu antes... A história dentro da história. Vou falar da idéia que surgiu há pelo menos 10 anos antes destes 3 se conhecerem.

Wanderline, Beto Potyguara e Wolclenes. Sim! Estes 3 são os culpados pelo surgimento da República dos Quadrinhos!

Era uma vez... Um cara chamado Beto Potyguara ele tinha um sonho. A primeira tentativa em tornar este sonho realidade foi na época em que ele era universitário e fanzineiro (Eu era pirralho nesta época então nem pensem que vou aparecer nesta história tão cedo!) e se juntou com uma galerinha do barulho para aprontar as mais loucas confusões que não estão no Gibi! E então finalmente... Faiou!!!! Como não havia sedex nem comunicação decente pelo computador. Existia uma total depedência dos correios já que a comunicação era feita através de cartas. Extravios, mudanças de endereço, além da demora e o simples esquecimento em informar a desistência fizeram com que o sonho tivesse acabado restando apenas pão doce. Houve uma segunda tentativa entre 2000 e 2001. E então finalmente... Faiou de novo!!! Mesmo reunindo uma grande quantidade de autores e a comunicação ter melhorado, o fato de ter que investir a quantidade exorbitante e mercenária de R$ 1,00 fez com que os autores outrora interessados em participar desistissem. E mais uma vez o sonho tinha acabado restando apenas o pão doce mas a história não acaba por aí! Houve uma terceira tentativa por volta de 2006 mais ou menos e ela surgiu quando Wanderline, Beto Potyguara e Wolclenes se conheceram. E então finalmente...

Foram várias tentativas até a República dos Quadrinhos funcionar!

...Faiou outra vez! Quando os 3 amigos já citados se encontraram o sonho continuava e os 3 queriam tornar o sonho real. A idéia ainda estava lá mas os 3 se afastaram para se dedicar às suas vidas pessoais. Wanderline lançou sua revista Eni Guimá: O Diamante Vale Ouro com batante êxito com divulgação na TV e na Internet e todas as edições impressas foram vendidas. K-Ray Wanderline já vivia do trabalho dele, esta experiência somente liberou e impulsionou mais ainda ao Wanderline estar no modo profissional competente talentoso e rápido que produz sem parar como se encontra agora (enquanto estou escrevendo isto Wanderline deve estar acabando alguma arte neste momento). Wolclenes se dedicou a fazer bicos com caricaturas, charges e ilustrações. E finalmente Beto Potyguara, o cara que teve o sonho, se dedicou a publicar zines e a participar de forma virtual com sua arte colaborando com o Ronin 47 e o Tiras Nacionais. Mas os três estavam cada um na sua produzindo individualmente e não agiam juntos como na idéia inicial da República dos Quadrinhos. Mas houve uma quarta tentativa e ela aconteceu depois de um acidente. E então finalmente...

Revelações no deserto

...Beto Potyguara, o cara que teve um sonho, teve uma crise muito forte de Síndrome do Pânico e fugindo das criaturas que o perseguiam e aterrorizavam Beto Potyguara sofreu um acidente de carro e teve uma experiência de quase morte. Abandonado pelos deuses e caminhando pelo deserto Beto Potyguara repensou tudo o que tinha feito durante a sua vida inteira e teve uma grande revelação. Até hoje não se sabe ao certo o que fez com que as ele tivesse este momento de clareza. Existem várias teorias como a ingestão de drogas alucinógenas, a grande exposição ao sol, um momento místico de revelação guiado pelo seu animal espiritual que é um Elefante Branco (sim, a idéia do Elefante Branco surgiu no deserto! Ele é o guia espiritual dos quadrinhistas do RN) ou se simplesmente o momento mágico em que ele tocou em uma caneta e voltou a desenhar novamente fez com que tudo acontecesse. Algo em sua mente que estava adormecido voltou e era justamente a idéia da República dos Quadrinhos. Beto ligou o foda-se para um monte de coisas e fez contato com diversos quadrinhistas do país via Orkut e outras redes sociais convidando os autores a partciparem da República dos Quadrinhos, uma cooperativa on line de quadrinhistas. Ele levou um monte de nãos na cara e mesmo assim seguiu em frente. Beto também retomou o contato com os amigos Wanderline e Wolclenes(que felizmente ficou pentelhando para criar um portfólio para divulgação de seus trabalhos). Surgiu assim a quarta tentativa de criar a República dos Quadrinhos que também podem considerar como uma insistência da terceira já que as mesmas pessoas da última tentativa estão envolvidas. E então de repente... Não é que deu resultado? Foram criados então os blogs da República dos Quadrinhos e do Tirando Uma! Vamos então para o momento mais importante da história! O grande momento em que eu apareço!!!!! Hora de falar um pouco de mim nesta história! Eu sou foda pra K-Ray!!!

Wanderline, Wendell e Joseniz, o Autor em Crise no Goiamum Audiovisual em 2009!

Conheci o Beto pessoalmente através de Wanderline Freitas durante o Goiamum Audiovisual 2009. Foi um grande dia para República dos Quadrinhos porque foi neste instante que eu passei a integrar o coletivo. Eles tem muita sorte por eu ser um cara humilde e nem um pouquinho egocêntrico que fica falando de si mesmo). Hohoho parando um pouco com a ironia, brincadeirinhas e sarcasmo (acreditam mesmo que sou egocêntrico? Não respondam!) pretendo falar um pouco do que me motivou a integrar a República dos Quadrinhos. Wanderline Freitas já tinha me apresentado ao conceito da República dos Quadrinhos e eu fiquei interessado em participar. O Goiamum Audiovisual foi um dia bem marcante porque além de conhecer pessoalmente Moacy Cirne e Roberto Sadovski, de registrar o surgimento da K-Ótica (as fotos que tirei em que o Marcos Guerra aparece com o Beto Leite em segundo plano são dos dois discutindo justamente a criação da revista), também conversei bastante com Beto Potyguara e a proposta da República dos Quadrinhos e do Tirando Uma. A partir deste momento, a República dos Quadrinhos estava contando com o cara mais legal do mundo: Eu (viu como não sou nem um pouquinho egocêntrico?). Sei que a história atingiu seu ápice com a minha primeira aparição mas a história não acaba por aí!

Proclamação da República

E em Janeiro de 2010, após muita conversa e discussão sobre o estatuto, foi proclamada a República dos Quadrinhos através da fundação da Associação Brasileira de Arte Sequencial (ABAS). As mudanças decorrentes do surgimento da ABAS são três bem significantes: A primeira é que a ABAS é uma entidade nacional criada na forma de Associação e não de cooperativa como tinha sido idealizada anteriormente. A segunda é que a ABAS ganhou um grande reforço de autores locais (além dos residentes em outros estados) quando foi criada. A terceira é que a República dos Quadrinhos não é a ABAS são duas coisas bem distintas. Quando me referir à ABAS estou me referindo à entidade nacional que defende o direito dos quadrinhistas (é uma entidade não um grupinho fechado de panelinha) e quando me referir à República dos Quadrinhos me refiro ao núcleo federativo da ABAS no Rio Grande do Norte, ao blog da ABAS e ao nome de nossa editora independente (República dos Quadrinhos é 3 em 1).

ABAS (esquerda) e República dos Quadrinhos (Direita) notaram a diferença?

O Elefante Branco simboliza o núcleo federativo da ABAS no RN


E desde 2009 iniciamos nossas atividades como Associação Brasileira de Arte Sequencial. Não sabem quais foram? Eu atualizo vocês!!!


-Portal de notícias República dos Quadrinhos
-Potfólio de tiras Tirando Uma!
- Organizamos as exposições "O que não está no Gibi, está por aqui" (2009), Mitos e Heróis: Releituras Contemporâneas (2010 sendo que esta exposição é intinerante e teve dois momentos e sim! seguiremos com a exposição em 2011).
-Participação em eventos como a 1° Mostra e Feira de Quadrinhos no Mercado de Petrópolis, Projeto Conviver e abertura da Flihq.
-Criação do Prêmio Poty
-Participação em escolas e universidades com palestras e oficinas.
-Publicação de Quadrinhos On Line com as revistas SOQ-Só Quadrinhos e Amostra Grátis. Tivemos uma surpresa agradável quando descobrimos que elas foram indicadas ao Prêmio Ângelo Agostini.
-E claro que deve ter utras coisas que devo ter me equecido... Fazer o que né? Minha memória é fraca mas o que eu quero dizer com este pequeno resumo das atividades é que fizemos muita coisa juntos em pouco tempo de atividade.

A história continua! Agora este é o momento trágico em que estivemos fora do ar! Na verdade, não ficamos fora do ar exatamente. Digamos que o ritmo das atividades diminuiu bastante. Os autores da ABAS se distanciaram cada vez mais e basicamente estavam apenas Beto Potyguara e eu encaminhando as atividades em Natal enquanto o Wanderline colaborava como podia em São Rafael. Beto teve um problema de LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e seguindo recomendações médicas teve que descansar. Depois disso Beto teve que enfrentar problemas pessoais e sérios e pra completar o PC dele morreu e com ele muitos arquivos da ABAS. Eu tive que me afastar para encaminhar um monte de exames e uma grande papelada para assumir meu novo emprego. Além disso tive que me dedicar à publicação de minha primeira revista autoral impressa e fazer modificações no Tirando Uma. Foi uma pausa necessária mas mesmo assim conseguimos cuidar de nossas atividades na ABAS e tanto o Blog da República dos Quadrinhos como o Tirando Uma não deixaram de estar em atividade e o número de visitantes e seguidores aumentou consideravelmente. Ou seja, enfrentamos dificuldades mas não desistimos, apenas seguimos em um ritmo mais lento e tivemos que adiar algumas coisas. Mas uma coisa estava bem definida: Era nescessário arrumar a casa para poder seguir adiante.

Estamos fora do ar...

E pra encerrar a história, um pequeno relato de nosso grande retorno triunfal! Após uma reunião, organizamos a casa. Algums membros optaram por sair e novos membros chegaram. Todos os associados já definiram como irão colaborar com a ABAS e a distribuição de atividades ficou melhor dividida. Ainda teremos outras reuniões organizacionais, mas as prioridades já foram definidas e temos muitas atividades para encaminhar. Retornamos com tudo! E em breve todos vocês terão notícias sobre cada novidade que surgir. Aguardem! E com isto, voltamos a nossa programação normal.

2 comentários:

Beto Potyguara disse...

Matéria excelente NIZ, faltou realmente citar alguns eventos como a nossa participação na II SEMANA HQ na UFRN, a criação do FAN e a 2ª edição do Prêmio Poty.Abraço.

Joseniz disse...

:) Como disse antes: Minha memória é fraca! Valeu por lembrar e provavelmente tem mais coisas para citar tipo, agora lembrei que estivemos participando do 6° encontro anual de cartunistas e da maratona de quadrinhos...

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