Hoje a Associação Brasileira de Arte Sequencial República República dos Quadrinhos representada através de Beto Potyguara e ete infame autor que vos escreve esteve presente na residência do Mestre Poti, primeiro artista gráfico do estado do RN conhecido por seu trabalho com Charges e Ilustrações. Poti começou sua carreira no jornal O POTI a partir de 1949 e de lá passou por diversos jornais locais (Diario de Natal, Tribuna do Norte entre outros) e nunca recebeu nenhum centavo pelo seu trabalho publicado. Não é uma história muito diferente da história de outros artistas que vivem em outros países em que eles foram explorados em seu trabalho ao máximo sem ter o seu valor (como ser humano e artista) devidamente reconhecido. Provavelmente em 1949 meu pai nem tinha nascido, quem dera eu. Conheci o mestre Poti e o seu trabalho hoje durante esta visita. Vi a sua primeira charge publicada no jornal e ri porque a idéia qe ele quis passar continua atual e ele passou a idéia brilhantemente através de sua arte gráfica. E pessoalmente, achei o professor José Potiguara uma pessoa muito simpática, bem-humorada e expontânea. Tive uma ótima impressão ao conhecer este homem que tanto fez pela arte gráfica do estado.
Tenho certeza que a minha impressão sobre este homem é diferente para o Beto Potyguara, não que ele discorde de mim, ao contrário acredito que ele enxerga bem mais do que as virtudes que falei. Como disse anteriormente, eu não conhecia o Mestre Poti ou o seu trabalho até o dia de hoje o que é bem diferente para o Beto Potyguara. Roberto Flávio cresceu acompanhando o trabalho do Mestre Poti no jornal. O Mestre Poti foi a pessoa que o inspirou a trabalhar com a Arte Sequencial o nome "Potyguara" de seu nome artístico não foi escolhido à toa é uma forma de um discípulo homenagear seu mestre. É a forma que o Beto encontrou para prestar uma homenagem ao seu herói de infância do qual tanto admira os trabalhos. Lembram quando eu falei sobre o personagem Duque que o Wendell tem trabalhado constantemente? Tem algo que falei por lá que se aplica aqui. Eu disse: "Nada motiva mais você fazer um trabalho bem feito do que ver o autor do projeto com os olhos brilhando" e desde o momento que pisei naquela casa os olhos de Roberto Flávio e do Mestre Poti estavam brilhando. Isto para mim diz bem mais do que as idéias contidas nas palavras conseguem comunicar. Hoje o Beto Potyguara juntamente com a Associação Brasileira de Arte Sequencial República dos Quadrinhos pode fazer bem mais por este grande mestre que merece ter o devido reconhecimento por seu trabalho pelas pessoas deste estado em vida. Foi uma tarde agradável em que conversamos, registramos e conhecemos melhor o trabalho deste grande mestre.
Poti entevistando Poti
Poti entevistando Poti
Trabalhos inéditos do Mestre Poti
A Associação Brasileira de Arte Sequencial República dos Quadrinhos vai prestar a devida homenagem ao Mestre Poti de 3 maneiras diferentes: Primeiro através da criação de um prêmio com o seu nome para estimular o desenvolvimento da Arte Sequencial no estado. Segundo com a criação de um documentário cinematográfico sobre a sua vida e obra. Terceiro com a publicação de um livro com trabalhos inéditos do artista e algumas de sua primeiras obras. Todas estas atividades estão em andamento cada uma em seu ritmo. Acho vergonhosa a idéia de prestar homenagem a um artista apenas quando ele morre ou quando faz algum trabalho para o exterior. O artista deve ser reconhecido pelo seu trabalho em vida e ser homenageado primeiramente pelas pessoas de sua terra Natal. O trabalho deste homem não deve ser esquecido pelas pessoas deste estado, ele deve ter seu nome gráficamente desenhado na história. E o elefante branco da Associação Brasileira de Arte Sequencial República dos Quadrinhos nunca vai nos deixar esquecer da importância do reconhecimento do trabalho deste mestre.
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