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Moliére, um ator infame
Na França do séc. XVII, um único ator e dramaturgo colocou em cheque toda moral e bom-costumes da burguesia e da Igreja. Desde as vielas mais sórdidas até os salões mais sofisticados da realeza suas peripécias nos palcos eram comentadas. Molière, um autêntico ator infame: amado e odiado, aclamado e desprezado, enaltecido e ridicularizado... representa, através de sua vida e obra, a paradoxal condição humana.
Cronologia
- Jean Baptiste Poquelin, mais conhecido como Molière, batizado em Paris em 15 de Janeiro de 1622.
- Em 1643 fundou com nove atores a companhia L’Illustre-Théâtre.
- O grupo mantinha um teatro, mas as dívidas os obrigaram a fugir de Paris em 1645.
- Durante 13 longos anos viajaram por toda a França, representando obras clássicas e peça curtas de Molière.
- O caminho para o sucesso se abriu para Molière em 1658, com a apresentação do grupo diante do rei Luis XIV.
- A companhia teve grande sucesso com obras primas como o Avarento (1668) e o Burguês Fidalgo (1670).
- Em 17 de Janeiro de 1673, morre Molière.
Obras de Molière
O infame Molière escreveu e apresentou 33 espetáculos entre os quais podemos destacar:
Tartuffe (1964, Tartufo)
Proibida pelo Clero católico por cinco anos
Le Misanthrope (1965, O Misantropo)
L’Avare (1968, O Avarento)
A paradoxal condição do personagem central, desumano em sua paixão pelo dinheiro e desejos ao mesmo tempo de amor e respeito.
Le Malade Imaginaire (1973, O Doente Imaginário)
Um hipocondríaco que não enxergava além de suas doenças
Molière foi um gênio do teatro francês e universal. Suas peças retratam a paradoxal condição do ser humano em suas paixões contraditórias – às vezes suas comédias são mais trágicas do que cômicas.
Sociedade Teatral de Atores Infames
Em 17 de janeiro de 1673, quando representava no palco o protagonista de sua última obra O Doente Imaginário, Molière sofreu um repentino colapso e morreu poucas horas depois. Não é de se estranhar que o mestre do duplo sentido e da dissimulação tenha encerrado sua vida e carreira no momento em que encarnava um falso doente.
Elenco:
Anderson Kley, Clara Ovídio, Eduardo Galvão, George Sand, Heitor Soares, Joseniz Guimarães, Potyra Pinheiro, Thiago Ayres
Figurino:
João Marcelino
Pesquisa Musical:
Heitor Soares
Maquiagem:
Clara Ovídio
Cenário:
STAI
Direção:
Thiago Ayres
Pesquisa:
Heitor Soares, Joseniz Guimarães e Potyra Pinheiro
Agradecimentos:
Henrique Fontes, Lenilton Teixeira, Lara Ovídio, Mariana do Vale, Eliana Pinheiro e em especial João Marcelino por seu suporte e generosidade com o STAI.
Apoio:
Centro de Pesquisa e Formação Teatral- Fund. José Augusto
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