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Amanda Gurgel
Apesar das nuvens carregadas no céu, muitos colecionadores paraibanos apareceram para dar boas vindas aos quadrinistas potiguares, numa tarde que teve até direito a visitas ilustres.
Os primeiros quadrinistas a chegar botaram a mão na massa e ajudaram o proprietário da Comic House, Manassés Filho (tão simpático quanto à loja), a mover as estantes do lugar para abrir espaço para o evento. E em seguida chegou o artista plástico paraense, João Henrique Lopes, que dividia a tarde de autógrafos conosco, lançando seu livro Elementos do Estilo Mangá.
Para a nossa surpresa, os clientes começaram a comprar as HQs antes mesmo do início oficial do evento, que se deu pontualmente às 15:00 horas. E fomos autografando e conversando com todos os presentes. Por volta das 17:00 horas, com a loja lotada, quem aparece de surpresa é ninguém menos do que o grande desenhista Mike Deodato Jr., acompanhado de sua esposa Paula. Ambos de uma doçura tremenda (e, vale o registro, muitíssimo apaixonados, tanto que a Paula tem a assinatura do marido tatuada no pulso esquerdo). Batemos um papo com eles, apresentamos as nossas HQs, e aproveitamos para tietar também (Joseniz levou uma Wizard Brasil com uma entrevista do Deodato da década de 1990 e aí foi uma festa só). Então, os amigos foram chegando, como o jornalista Alex de Souza e o Prof. Henrique Magalhães (editor da Marca de Fantasia, que me presenteou com o catálogo atualizado da editora e também com a revista Calango #1, fruto do projeto de extensão homônimo da UFPB), e vários jornalistas fãs de quadrinhos, conhecidos apenas virtualmente, entre eles Audaci Jr., do Jornal da Paraíba, e Renato Felix, editor do caderno de cultura do Correio da Paraíba e crítico de cinema.
Antes do final do evento, outras três personalidades chegaram à Comic Shop para nos prestigiar: o escritor Geraldo Carsan, autor do livro Tex no Brasil, o caricaturista William Medeiros (ilustrou todas as capas da série O mochileiro das galáxias, da Editora Sextante), e o desenhista Jack Herbert, que foi convidado pelo próprio Alex Ross para desenhar a série em homenagem a Jack Kirby, chamada Genesis.
Porém, quem causou comoção foi a jornalista Olga Costa, que só queria saber das histórias que não traziam “happy end” (claro que houve uma conversa bastante animada sobre finais felizes na vida e na ficção), e fez questão de esclarecer que não gostou de The Beats, a biografia em quadrinhos dos principais expoentes desse gênero literário das décadas de 1950 e 60. Ela confessou que é apreciadora da arte sequencial, embora não seja necessariamente uma aficionada.
A receptividade do público foi tamanha que Manassés Filho nos propôs um retorno a João Pessoa no segundo semestre. E tem como não aceitar?
Abaixo, a galeria com alguns momentos do evento: